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Tuesday, January 03, 2006

 

CIDADE DA CRIANÇA

Marilaine Favini


Ao atravessar a porta de entrada do local em que hoje trabalho, deparei-me com um novo cartaz: “A Cidade da Criança será revitalizada”. No cartaz não havia maiores detalhes, mas foi o suficiente para me ausentar por segundos...

Boas lembranças tenho daquele lugar; brinquei muito no tempo em que todos os brinquedos eram gratuitos e posteriormente depois da reforma, em que incluíram vários brinquedos pagos. Fui menos vezes então; mas gostava muito de andar de submarino. Até hoje eu gosto, talvez porque me reporte à sensação de suspense, curiosidade e aventura que sentia na época.

O trenó aquático que elevava a adrenalina com sua queda veloz e abrupta e espirrava água quando caíamos no tanque.

O jardim japonês que nos transportava aos desenhos do Super-Dínamo ou Godzilla.

O trenzinho que passeava por todas as ruas da parte I da Cidade. O cheiro e o colorido mágico da pintura que espirrava tinta ao girar na máquina, formando qualquer borrão vibrante que era enquadrado num papelão para enfeitar meu quarto.

Os escorregadores que propunham vários obstáculos.

O avião de verdade, que simulava vôos, e no qual brinquei somente em minha imaginação, porque seu ingresso fugia ao meu padrão financeiro.

O labirinto de espelhos, em que nunca entrei, porque tinha medo de me perder.

Acho que ainda tenho medo de labirintos, preciso me superar! Me parece que eu cheguei a entrar e comecei a chorar desesperada... será? Tenho uma vaga lembrança. Vou verificar se minha mãe se lembra deste fato.

A parte II, que imitava uma estação lunática. Lunática não, lunar - me corrigiam. Não tinha muitos atrativos, só duas naves feitas de concreto, com um boneco vestido de astronauta dentro; e a gente subia numa alta escada para espiá-los na janelinha. Tão sem graça. Ah, também tinham uns aviõezinhos que giravam e quando apertávamos o botão eles ficavam no alto! Desses eu gostava. Era o máximo controlar a altura do aviãozinho!

A parte III imitava a Amazônia; tinha o Bicho da Seda e um trenzinho parecido com o trenó aquático, mas que não caía na água. E tinha o passeio com barquinhos de verdade que trazia um misto de tranqüilidade - pelo silêncio - e pavor - pelo balanço do barco na água.

Lembro de uma vez que fomos com a tia Ivone. A Valéria, minha prima, não se conteve enquanto não entrou na “floresta” e tirou uma foto abraçada à estátua do indígena nu. Ela também era a própria índia: vivia sem roupa, quando criança.

Havia também um restaurante que imitava uma grande oca de sapé e o miniteatro de Manaus. Minha mãe sempre falava que ali haviam sido rodados vários filmes da antiga cinematográfica Vera Cruz. Ela contava que muitas pessoas do bairro trabalharam como figurantes em alguns filmes; e que durante a produção do Nadando em Dinheiro, com o Mazzaropi, ali havia dinheiro falso esparramado por todo canto. Isso atiçava minha imaginação. Como seria nadar em dinheiro? Mamãe dizia que tinha vontade e curiosidade de ver, mas trabalhava o dia todo nas Linhas Correntes... Minha mãe era tão bonita... O que será do pavilhão Vera Cruz? Está há tantos anos desativado, nem exposições acontecem mais lá! Um espaço tão central! Quando eu estava grávida da Fé assisti ali ao Auto da Arca do Inferno - será que é esse nome mesmo? Acho que é. Estava tão lotado, tinha sido tão divulgado que os organizadores tiveram que alterar a programação.

Bem, espero que a revitalização da Cidade da Criança traga alegria e boas recordações às novas gerações...

Escutei no final do corredor duas colegas chegando; cumprimentei-as e entramos para o trabalho.








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